martedì 12 febbraio 2008

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Sei que serei irracional nas minhas palavras hoje mas não o consigo expressar melhor se não o for, se não fingir que nem sequer tenho qualquer racionalidade dentro de mim e que quero porque quero lançar palavras ao ar. Sem sentido?! Talvez para os outros... Vocês, os destinatários, perceberão melhor do que ninguém. Sinto-me miseravelmente triste. Uma dor que não é só psicologica, é fisica, queima, arde, maltrata os olhos. Não consigo lidar com estas saudades. Saudades de tudo. Até tenho saudades dos desencontros. Não haveria erasmus, não haveria vida sem desencontros. Tenho saudades da água suja a passar por baixo da Ponte di Mezzo, tenho saudades do frio a queimar-me o nariz à noite quando ia de bicicleta, tenho saudades de dizer "Está um frio filha da puta caralho" a alto e bom som, tenho saudades da Sara a dizer "oh primo, que puta de cunbersa é essa?!", do "Gugu" e da "Sarinha", tenho saudades de gozar com o aluno de 18 mais conhecido de todos os tempos, tenho saudades de discutir se se diz sapatilha ou tenis, lapiseira ou porta minas, tenho saudades de estudar naquela mesa da cozinha (pois é Pedrinho, eu disse que ia ser irracional!!!), tenho saudades que o Pedro, o Nando e o Ricardo nos dêem jantar no patamar e que se embebedem com o Ion e o Duarte para nos rirmos e dizermos disparates, tenho saudades das bezanas e dos brindes, dos filmes e das fotografias, tenho saudades de ouvir a Rumor, mas mais de fugirmos para não lhe abrir a porta, tenho saudades de poder olhar para as fotografias da Lurdes por cima do rosto dela a dormir, tenho saudades de dizer que alguém que nós conhecemos é guna (ou guno, nunca vou saber), tenho saudades de assinar na folha da biblioteca, tenho saudades dos crepes da Pakinha, tenho saudades que me ouçam falar do Afonso, tenho saudades que a Ana me fale do Afonso, tenho saudades de ver as bicicletas a serem vendidas à porta da menza e roubadas à porta da estação, tenho saudades da panna, mas tenho mais saudades dos capuccinos rascos das máquinas da menza. Tenho saudades da Dante, muitas, do marrochino e da Cavalieri e da Garibaldi em noites de verão. Tenho saudades dos stresses de comer no Bazeel (vejam lá!!) e das filas da Menza. Sinto falta das garrafas de vinho da pam, das filas das sete horas da pam, do euro spin e das idas fantásticas ao carrefour. Tenho saudades do Phillips e de não haver phillips. Sinto falta de italianas feias e pirosas para gozarmos e de me esquecer de me lembrar de tanta coisa que tinhamos sempre para fazer... Enfim, sinto falta do cheiro de cada um de vocês quando vos abraçava e sei que só passou um dia mas fico sem ar e tenho a sensação que deixei aí uma parte do melhor de mim... Não a percam, por favor, não vamos perder-nos uns dos outros. Somos demais para isso... Acreditem, nunca estamos preparados para este pontapé que nos faz voltar e se as minhas lágrimas caiam compulsivamente quando o avião levantou voo, mais importante foi saber que tinha porque chorar: conhecer-vos dá nisso, a sorte. Adoro-vos.

3 commenti:

pisanus ha detto...

BRUTAL

Porque dói, porque diz tudo, porque traduz aquilo que eu provavelmente vou sentir quando chegar a minha vez...o medo, as saudades, a tristeza, mas também a alegria de saber que te vou encontrar de volta..!

Lu

pisanus ha detto...

Errata: É " foda-se! Tá um frio filha da puta, caralho!!!!!"

Em bom rigor...

Lu

Anonimo ha detto...

ta demais minha caralha..... as palavras certas... n conseguiria explicar esta experiencia doutra forma!

soberbo!

sara p.