lunedì 12 gennaio 2009

NATUREZA HUMANA

Que estranheza me causa esta “coisa” a que comummente se chama “natureza humana”… Há dias... São dias de uma vida em que julgo tudo tão decepcionante, em que me deparo com o lado pior e mais desprezível de uma existência desumana, cuja ligação à natureza das plantas e dos animais é por demais contraditória. Por entre enganos e desenganos, se prolongam estados de uma anestesia desnecessária por já comatosa, se desorientam almas já perdidas e se ateiam fogos onde já só há cinzas. E está frio. Faz frio. Nesta minha alma cansada de me cansar de estar esgotada. Anseio pela chuva, turbulenta e devastadora, que limpe as nossas ruas da indiferença que só existe quando o medo do desprezo é maior do que a alma. Já alguém dizia que tudo vale a pena… Mas não vale… Nem todos valem a pena… Há naturezas por demais desumanas… Hoje, desiludo-me. Permito-me isso. Amanhã, deixo a chuva limpar tudo, empurrar o refugo de uma noite (várias) para as valetas. Hoje desabafo a amargura de me sentir parte do lúpen desta sociedade decadente, não pelos lugares, pelas coisas, pelos corpos, mas pelas almas, pelos valores que se esquecem, que se perderam na viagem de um crescimento emocional que nem todos acompanharam. Já nada parece importar… vivemos conspurcados na lama da deslealdade intelectual, na prisão do medo das palavras e das entrelinhas que já ninguém sabe e muito menos quer ler. Já só importa a mensagem subliminar e não mais o falar do toque ou o sentir da respiração. Já não sabemos comunicar com o coração, fomos apanhados pela racionalidade exacerbada dos significados das coisas…, dos sentimentos…, das naturezas. Estamos tão desumanos quanto obtusos, por cautelosos, com o perigo da felicidade. Essa manifestação desconhecida que os mais incautos proclamam como objectivo de vida… a felicidade jamais deveria ser um objectivo, por nos tornar obcecados pela sua busca, qual obsessão em alcançá-la! A felicidade devia ser um meio, uma ponte para sermos mais humanos, mais atentos e menos faladores. A felicidade devia ser o motor de uma existência em consonância. Connosco, com os outros, com o mundo. A felicidade é a única forma perfeita de comunhão. É a única forma de humanização de uma natureza desgastada por uma existência errante. E no entanto, talvez por ser o mais natural, é o caminho mais difícil, por exigir de nós a compreensão de algo tão estranho e intelectualmente inalcançável que é a nossa própria natureza. Se a consciência de ser humano, já por si assusta,… o que se dirá da felicidade, se só a soubermos perseguir… e nunca encontrar?...
Aos Pisanus o meu desabafo hoje, consciente de que amanhã recuperarei a fé, como sempre faço.
Beijos
Lu

giovedì 1 gennaio 2009

Feliz 2009

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Que este ano vos trago muitas coisas boas, assim como momentos, e se possível, que sejam partilhados alguns desses momentos comigo! Un bacio
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Su